Muito se especulou sobre a forma como adquirimos linguagem, criaram-se diversas teorias e de tudo se fez para que se comprovassem.
De entre essas teorias, três delas merecem o nosso destaque, pois foram aquelas que mais prevaleceram no tempo.
A perspectiva Comportamental ou Behaviorista (do inglês “behavior”, ou seja, comportamento), suportada por Skinner, dá-nos conta que a linguagem é um comportamento verbal do bebé, que se desenvolve através da interacção com o ambiente, imitando o que observa.
Para Skinner, a linguagem não depende da programação genética, mas sim de estímulos exteriores.
Este psicólogo refere ainda que a criança possui capacidades gerais de aprendizagem, mas não específicas para a aquisição de linguagem.
Por sua vez, Chomsky, o grande impulsionador da Teoria Inatista, apoia a ideia de que todos nascemos com uma predisposição inata para adquirir linguagem.
Aqui, o meio revela ser de extrema importância, pois um ambiente rico em interacções verbais e que oferece à criança uma infinidade de exemplos, constitui um grande input para o aspirante a falante.
Para os inatistas a aquisição da linguagem começa ainda no útero da mãe e realiza-se de modo idêntico com todas as crianças, não dependendo do seu nível de inteligência.
Um facto que contrasta com a perspectiva sustentada por Piaget, a Teoria Cognitivista, que nos diz que a linguagem depende fortemente da evolução cognitiva da criança.
Também os cognitivistas alimentam a relevância do meio, visto ser indispensável ao crescimento. Contudo, os seguidores desta teoria, assumem a existência de estádios sequencialmente fixos.
Para os apoiantes de Piaget, a apropriação da linguagem avança consoante o nível de desenvolvimento global.